Bola de Neve vê desligamento em massa de pastores após escândalos

A Igreja Bola de Neve enfrenta uma crise sem precedentes após a pastora Denise Seixas, esposa do fundador e líder da igreja, pastor Rinaldo Pereira, conhecido como Apóstolo Rina, obter uma medida protetiva contra ele. Denise acusa o marido de lesão corporal, violência psicológica, ameaça, injúria e difamação. A Justiça determinou que Rinaldo mantenha uma distância mínima de 300 metros de Denise, seus familiares e eventuais testemunhas do caso, além de proibir qualquer contato com a vítima.

Denise relatou à Polícia Civil que sofreu diversas formas de agressão durante o relacionamento, incluindo xingamentos e violência física. Em abril de 2023, um vídeo divulgado pelo filho de Denise, Nathan Gouvea, mostrou Rinaldo acusando a esposa de estar “completamente enlouquecida”. Denise detalhou em depoimento que chegou a ser agredida fisicamente, mas não denunciou antes por temer a influência de Rinaldo perante a comunidade evangélica. Ela também afirmou ter sido forçada a gravar vídeos desmentindo as acusações contra o marido para proteger a imagem dele.

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O Conselho Deliberativo da Igreja Bola de Neve decidiu afastar Rinaldo Pereira de suas funções como líder religioso para que ele possa se dedicar integralmente a esclarecer as acusações e restabelecer sua saúde e a de sua família. A partir de agora, o Conselho assume a responsabilidade pelo Ministério. Em comunicado, a igreja expressou pesar e tristeza pelos acontecimentos e anunciou medidas para evitar futuras irregularidades, incluindo a instalação de um canal de ouvidoria e a criação de um Conselho de Ética para apurar todas as irregularidades apresentadas.

O impacto das denúncias levou dezenas de pastores a anunciarem sua saída da Igreja Bola de Neve. Natanael Nunes Paixão, pastor da igreja em Balneário Camboriú, anunciou seu desligamento, expressando gratidão pelos 20 anos de ministério e informando que a igreja não realizará cultos até que a situação seja resolvida. Outros pastores também renunciaram, citando divergências com a condução do caso e a necessidade de preservar suas próprias integridades e comunidades locais.

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