A instituição pró-vida, que atua para proteger as mulheres e ajudá-las a encontrar caminhos para que mantenham a gravidez, diz que a pressão do centro de aborto BPAS (Serviço de Consultoria Britânica para Gravidez) para introduzir zonas de censura em torno de suas instalações aumentou.
Agora, o governo local é acaba de lançar uma consulta popular contra a atuação dos grupos pró-vida. Se aprovada, será a segunda autoridade local em Londres a aprovar a proibição das vigílias.
Correndo contra o tempo, o Be Here For Me lançou um abaixo assinado virtual para que possam continuar seu trabalho em prol dos nascimentos de bebês.
Reuniões
O projeto tem como objetivo proibir os grupos pró-vida de se reunirem fora das clínicas, onde, de forma pacífica, fazem distribuição de panfletos, orações e exibição de cartazes com mensagens de encorajamento.
A porta-voz do grupo, Elizabeth Howard, disse que “a natureza surpreendentemente ampla desta PSPO mostra que eles fazem oposição à proteção das mulheres, já que deliberadamente optaram por proibir atividades de caridade que têm um impacto profundamente positivo para muitas mulheres vulneráveis”.
O grupo pró-vida alega que a lei tornará mais difícil para as mulheres o acesso ao apoio “de mudança de vida”, como assistência financeira, assessoria jurídica, roupas de bebê, aconselhamento e até acomodação.
Alina Dulgheriu, hoje uma ativista pró-vida, foi convencida por esse tipo de manifestação e decidiu dar a luz a seu bebê depois de ser oferecida ajuda fora de uma clínica de aborto. “Que tipo de sociedade criminaliza a ajuda e limita as escolhas disponíveis para as mulheres vulneráveis?”, questionou.
O BPAS afirmou que o projeto foi feito porque “muitas mulheres” que frequentam as instalações disseram que se sentem “angustiadas” pelos “manifestantes” nas proximidades.
“Os manifestantes anti-aborto estão fora de nossa clínica em Rosslyn Road quase todos os dias desde 2013, angustiando as mulheres e intimidando a equipe”, alegou a clínica de aborto, BPSA.
Eles dizem que os ativistas ficam no portão da clínica, “distribuindo panfletos com falsas alegações médicas, como o aborto provoca câncer de mama, e grupos maiores cantando hinos na calçada alto o suficiente para serem ouvidos na sala de espera”.
A clínica disse que no período de um mês no final do ano passado recebeu 323 reclamações de mulheres e acompanhantes sobre a intensa perturbação que os manifestantes causaram. “Estamos ansiosos para a decisão final do conselho sobre o futuro próximo”, afirmam.
O Conselho de Richmond disse que uma consulta envolvendo 3.000 pessoas mostrou apoio público esmagador para a criação do projeto.
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