Igreja é criticada por morte de ex-lésbica e acusada de promover “cura gay”

Na última quinta-feira (12), a influencer digital e ativista política Karol Eller, tirou sua vida ao se jogar da janela do prédio onde morava em São Paulo.

Ela havia se tornado evangélica recentemente e chegou a anunciar que estava renunciando à sua homossexualidade.

Com a confirmação de sua morte, a Igreja passou a ser acusada de ter causado a tragédia e a palavra “cura gay” passou a ser um dos assuntos mais comentados no X (antigo Twitter).

Para o jornalista Tiago Pavinatto, a religião cristã empurrou Karol Eller para tirar a própria por não apoiar a homossexualidade.

“Sei que muitos vão me atirar pedras em razão do que vou afirmar. Mas é na condição de homossexual convicto e, ao mesmo tempo, entusiasta do cristianismo e profundo conhecedor do bem que a obra cristã legou à humanidade que devo dizer: o suicídio de Karol Eller decorreu do seu ingresso em processo de reorientação sexual”, declarou o ex-apresentador da Jovem Pan.

A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), que chegou a concorrer à Presidência da República, também tentou responsabilizar a Igreja pela morte de Karol.

“Ela passou a crer que sua opção sexual seria um defeito, um pecado… acreditou nisso movida por opiniões preconceituosas e fundamentalistas que têm tomado corpo no Brasil”, comentou a senadora em sua conta na X.

Em seguida, ela afirmou que “errado e pecaminoso” é aquilo que classificou como “desvio de caráter de algumas pessoas que usam da nossa fé para manipular mentes e corações”.

Além disso, a senadora usou um tom de ameaça contra a liberdade religiosa, afirmando ser uma “lástima não termos conseguido combater isso a tempo”.


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