Recentemente, o pastor Ailton Junior, líder da Igreja Assembleia de Deus em Caruaru, Pernambuco, polemizou ao criticar os doramas, as séries de televisão asiáticas que conquistaram um enorme público ao redor do mundo, e o gesto conhecido como “coração de dorama”. Este gesto, popular entre os fãs dessas produções, simboliza amor e afeto, mas foi interpretado de maneira controversa pelo pastor durante um culto em 29 de janeiro.
Na ocasião, Ailton Junior expressou desaprovação aos doramas, associando-os à “defesa da androginia” e à ausência de uma definição clara de gêneros masculino e feminino. Ele apelou aos jovens da igreja para que não realizassem o gesto do “coração de dorama” nos púlpitos, alegando que tal ato derivava de ignorância sobre o que realmente representam essas produções. O vídeo de sua pregação, divulgado pela página “Assembleianos de Valor”, gerou intensa reação online, com muitos criticando a visão do pastor como desinformada e restritiva.
Contrariando as afirmações de Ailton Junior, fãs de doramas defendem que essas séries são uma fonte de lições valiosas sobre valores humanos, como fidelidade, respeito, gentileza e amor, indo muito além das questões de gênero apontadas pelo pastor. Essas produções são celebradas por sua capacidade de emocionar, ensinar e conectar pessoas de diferentes culturas através de histórias que, frequentemente, enfatizam a importância da família, amizade e superação pessoal.
Os doramas, que abrangem uma variedade de gêneros, desde romances até dramas históricos e thrillers, têm contribuído significativamente para a disseminação da cultura asiática globalmente, promovendo um intercâmbio cultural enriquecedor. O “coração de dorama”, longe de ser um mero gesto, simboliza a admiração e o apreço que os fãs têm por essas narrativas e os valores que elas representam.